terça-feira, 23 de novembro de 2010
Um pouco antes da estréia...
Com a correria da estréia, muitos espetáculos ficamos um pouco desatualizados, mas voltamos com força total!!!
Novas fotos, novas emoções, novas sensações!!
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Professor Oswaldo de Camargo - CONVIDADO HOMENAGEADO
"Oswaldo de Camargo é jornalista, poeta, contista, novelista e músico amador. Acha pouco? Saiba que provavelmente seja a maior autoridade brasileira em literatura negra. Desde os 17 anos, Oswaldo de Camargo dedica-se a literatura e a seu acervo literário, um dos mais brilhantes quando o assunto é negritude. Nascido em 1.936, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, ele é um dos responsáveis pela inclusão da literatura negra no circuito cultural do Brasil. Dono de um raciocínio ágil e aguçada inteligência, Oswaldo de Camargo surpreende por todo conhecimento que possui sobre os escritores negros brasileiros e livros que tratam da temática negra. Sobre este assunto, publicou em 1987 "O Negro Escrito", pela Imprensa Oficial do Estado, um dos raros trabalhos a tratar dos ainda marginalizados autores negros.
EM MAIO
Já não há mais razão para chamar as lembranças
e mostrá-las ao povo em maio.
Em maio sopram ventos desatados
por mãos de mando, turvam o sentido
do que sonhamos.
Em maio uma tal senhora
e mostrá-las ao povo em maio.
Em maio sopram ventos desatados
por mãos de mando, turvam o sentido
do que sonhamos.
Em maio uma tal senhora
Liberdade se alvoroça,
e desce às praças das bocas entreabertas
e começa:
"Outrora, nas senzalas, os senhores..."
Mas a Liberdade que desce à praça
nos meados de maio,
pedindo rumores,
É uma senhora esquálida, seca, desvalida
e nada sabe de nossa vida.
A Liberdade que sei é uma menina sem jeito,
vem montada no ombro dos moleques
e se esconde
no peito, em fogo, dos que jamais irão
à praça.
Na praça estão os fracos, os velhos, os decadentes
e seu grito: "Ó bendita Liberdade!"
E ela sorri e se orgulha, de verdade,
do muito que tem feito!
(Oswaldo de Camargo, publicado em Cadernos Negros)
e desce às praças das bocas entreabertas
e começa:
"Outrora, nas senzalas, os senhores..."
Mas a Liberdade que desce à praça
nos meados de maio,
pedindo rumores,
É uma senhora esquálida, seca, desvalida
e nada sabe de nossa vida.
A Liberdade que sei é uma menina sem jeito,
vem montada no ombro dos moleques
e se esconde
no peito, em fogo, dos que jamais irão
à praça.
Na praça estão os fracos, os velhos, os decadentes
e seu grito: "Ó bendita Liberdade!"
E ela sorri e se orgulha, de verdade,
do muito que tem feito!
(Oswaldo de Camargo, publicado em Cadernos Negros)
domingo, 7 de novembro de 2010
Integrantes do Projeto...
KEILA MARCELLO
Cantora e Arte Educadora
CLÁUDIA ROSA
Psicóloga e Percussionista
ANTONIO FRANCO
Produtor Cultural, Roteirista e Bailarino
ELISIA NASCIMENTO
Coreógrafa, Bailarina e Arte Educadora
INAIÁ ARAÚJO
Pequisadora de Ritmos Brasileiros, Contadora de História e Arte Educadora
Tolerância
Nossa arte não tem cor,
Não tem religião, não tem corpo definido.
Nossa arte pulsa a todo instante
Nossa arte é constante.
Somos negro, brancos, católicos, espíritas e protestantes.
Keila Marcello
Quem somos e para que viemos...
"Consciência Negro, Consciência!" é um espetáculo, que tem o objetivo de propiciar reflexões sobre o difícil processo de inserção da população negra e de classes menos favorecidas na atual sociedade, para a qual sua contribuição social, econômico e cultural é fundamental.
Músicas, poesias, danças e imagens, o espetáculo é côncavo e convexo na luta e na resistência in memorian ou em memória do povo não consciente - que persiste em manter a cultura afrodescendente exclusa nas escolas, nas discussões em grupo e principalmente na mídia.
Músicas de autores como Villa-Lobos, Chico César, amarradas com a poesia de Maria Teresa, Oswaldo de Camargo, Inaiá Araújo, Antônio Franco mostrarão, com a dança corpos em movimento entregando-se para a vida, tudo ao som de jongo, samba de roda, afoxé, entre outros.
Nesta colcha de retalhos, o espectador poderá fazer uma releitura de suas origens, compartilhar emoções e refletir sobre seu verdadeiro papel na sociedade.
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