segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Um pouco antes da estréia...
Com a correria da estréia, muitos espetáculos ficamos um pouco desatualizados, mas voltamos com força total!!!
Novas fotos, novas emoções, novas sensações!!
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Professor Oswaldo de Camargo - CONVIDADO HOMENAGEADO
"Oswaldo de Camargo é jornalista, poeta, contista, novelista e músico amador. Acha pouco? Saiba que provavelmente seja a maior autoridade brasileira em literatura negra. Desde os 17 anos, Oswaldo de Camargo dedica-se a literatura e a seu acervo literário, um dos mais brilhantes quando o assunto é negritude. Nascido em 1.936, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, ele é um dos responsáveis pela inclusão da literatura negra no circuito cultural do Brasil. Dono de um raciocínio ágil e aguçada inteligência, Oswaldo de Camargo surpreende por todo conhecimento que possui sobre os escritores negros brasileiros e livros que tratam da temática negra. Sobre este assunto, publicou em 1987 "O Negro Escrito", pela Imprensa Oficial do Estado, um dos raros trabalhos a tratar dos ainda marginalizados autores negros.
EM MAIO
Já não há mais razão para chamar as lembranças
e mostrá-las ao povo em maio.
Em maio sopram ventos desatados
por mãos de mando, turvam o sentido
do que sonhamos.
Em maio uma tal senhora
e mostrá-las ao povo em maio.
Em maio sopram ventos desatados
por mãos de mando, turvam o sentido
do que sonhamos.
Em maio uma tal senhora
Liberdade se alvoroça,
e desce às praças das bocas entreabertas
e começa:
"Outrora, nas senzalas, os senhores..."
Mas a Liberdade que desce à praça
nos meados de maio,
pedindo rumores,
É uma senhora esquálida, seca, desvalida
e nada sabe de nossa vida.
A Liberdade que sei é uma menina sem jeito,
vem montada no ombro dos moleques
e se esconde
no peito, em fogo, dos que jamais irão
à praça.
Na praça estão os fracos, os velhos, os decadentes
e seu grito: "Ó bendita Liberdade!"
E ela sorri e se orgulha, de verdade,
do muito que tem feito!
(Oswaldo de Camargo, publicado em Cadernos Negros)
e desce às praças das bocas entreabertas
e começa:
"Outrora, nas senzalas, os senhores..."
Mas a Liberdade que desce à praça
nos meados de maio,
pedindo rumores,
É uma senhora esquálida, seca, desvalida
e nada sabe de nossa vida.
A Liberdade que sei é uma menina sem jeito,
vem montada no ombro dos moleques
e se esconde
no peito, em fogo, dos que jamais irão
à praça.
Na praça estão os fracos, os velhos, os decadentes
e seu grito: "Ó bendita Liberdade!"
E ela sorri e se orgulha, de verdade,
do muito que tem feito!
(Oswaldo de Camargo, publicado em Cadernos Negros)
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